sinopse ?

Um Secador de Cabelos gigante invade a Cidade e devasta tudo e todos. paisagens derrubadas pelo secador comedor de gente.
Céus! será o fim do Mundo? pessoas dormem de olhos sujos.
e então escorre molho de tomate por tudo. o liquidificador derrama sangue. alguém perde seus pêlos pubianos.
o sabão escorre sujo de vermelho pelas ruas e desaparece uma cidade enquanto vozes gritam fervorosas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Impulso expandido - de dentro para fora – pulsa.

Agora ele está em minhas mãos pulsando... Vivo.
Pulsa durante a madrugada e todos os desejos e referências sexuais são derivadas dele.


O arranquei e ele é vermelho, dá vontade de lamber.



O gozo se torna algo angustiado, buscando a morte da dor, do prazer à dor a morte e sepultamento do que fora prazer.



Em pensar que estava prestes a me desfazer dele. Não! Vou comê-lo. Melhor assim...

Não quero ouvir tudo novamente, todas as palavras que já foram ditas.

Mude pelo menos o timbre, que escorram palavras e que essas frases montadas sejam verdades e não um monte de códigos triviais jogados ao vento.


Finjo...


A dor é localizada.

Escorre um pouco de seu vermelho quase vivo - quase morto pelos braços

-Acho bonito de ver-


Tinha medo de ele ser metafísico, mas, você me ajudou, tirou a prova dos noves e resolvi conferir.

Agora caminho pelas ruas e te apresento minha nova posse tangível aos olhos de todos.

Olhe! Era para ti. Coloque o dedo ai bem no ventrículo... Qual? Tanto faz direito ou esquerdo, vamos nos perder a todo custo, de todos os jeitos, não é assim que as coisas funcionam?

As forças diminuem, o tempo se esvai e ambos sem conseguir movimento ou contrações.

- Mas, é tudo tão bonito!-

Ainda resta tempo...

Aperto-o e a textura suculenta o sangue escorre mais como uma calda.

Coloco-o numa baixela antiga de prata ou ouro branco português. Aquelas peças herdadas de família, das mulheres de minha família. A peça tem estória... Gostaria de escutá-las, não sei mais se há tempo para saber o que de fato ocorreu. Se ainda é possível me entregar a investigações.

Observo o quanto posso ou quanto o tempo nos permitir.
E fico na dúvida hesitante...


Devorá-lo ou contemplá-lo até a brevidade que me resta?