Para esquecer o azul e o cinza, ela pôs o melhor vestido, aquele que abraçava seu pescoço e modelava sua cintura, ela saiu com aquela inquietação de quem não podia ficar em casa. Meteu-se na sua bicicleta, fazia frio, e dirigiu por entre luzes escuras. Era uma noite bonita e ela se sentia tão só quanto vazia.
Era isso que fazia para poder esquecer, conduzia como se sem prestar atenção, como se procurasse por algum rosto. Como se achasse que podia encontrar naquelas caras vazias, algo que pudesse dialogar com o vazio da sua alma.
Encontrava amigos, bebia vinho, cerveja e café. A conversa daquela noite que anunciava a chegada do outono, lhe trouxera também uma certa tranqüilidade em meio à tanta agonia. “Há pessoas que são mesmo bobas”, pensava, por isso seguia na bicicleta, para esquecer do azul e do cinza. Mais do azul do que do cinza, porque este a impressionara tanto a primeira vez que o vira.
O vento frio cortava a fineza de sua pele, porém a imagem do canal a transportara para instantes luz de onde se encontrava o vazio de sua alma. Talvez fosse mais cinza do que azul. Cruzou a estrutura das barracas do mercado turco e parou em um bar. Olhou, cheirou. Fazia frio como não havia sentido nos últimos 3 meses. Entrou. Sentou. Pediu um vinho. E mais outro. Olhava pela vidraça e observavam as pessoas que passavam. Como se fosse um objeto solitário e esquecido na estante, observava. Tenho que descer as roupas de inverno, pensava. Tenho que comer. Ponto. E mais um ponto.
Eram azuis, as cadeiras vazias da varanda do bar. Tinham um pouco de cinza. Sim, são muito bobos. E os poetas, que escrevem sobre o amor, não sabem vive-lo. Pensou que na vida dos poetas não há espaço para experienciar o amor. E ela escreve todos os dias, com o seu corpo.
Ficou feliz que haviam tantos faróis. Amarelos. Porque dos azuis já estava arta. Pensou se seguiria sentindo frio nos seus pés ou na bicicleta. Não queria ir para casa, não queria se arriscar. Não queria nada que estivesse longe do seu controle. Também não queria mais os poetas. Nem o azul ,nem o cinza. Não sabia mais o quê queria em meio à tanto desejo que vagava por sua alma. Mas sentia saudades, de uma lembrança do passado, do momento presente.
Era isso que fazia para poder esquecer, conduzia como se sem prestar atenção, como se procurasse por algum rosto. Como se achasse que podia encontrar naquelas caras vazias, algo que pudesse dialogar com o vazio da sua alma.
Encontrava amigos, bebia vinho, cerveja e café. A conversa daquela noite que anunciava a chegada do outono, lhe trouxera também uma certa tranqüilidade em meio à tanta agonia. “Há pessoas que são mesmo bobas”, pensava, por isso seguia na bicicleta, para esquecer do azul e do cinza. Mais do azul do que do cinza, porque este a impressionara tanto a primeira vez que o vira.
O vento frio cortava a fineza de sua pele, porém a imagem do canal a transportara para instantes luz de onde se encontrava o vazio de sua alma. Talvez fosse mais cinza do que azul. Cruzou a estrutura das barracas do mercado turco e parou em um bar. Olhou, cheirou. Fazia frio como não havia sentido nos últimos 3 meses. Entrou. Sentou. Pediu um vinho. E mais outro. Olhava pela vidraça e observavam as pessoas que passavam. Como se fosse um objeto solitário e esquecido na estante, observava. Tenho que descer as roupas de inverno, pensava. Tenho que comer. Ponto. E mais um ponto.
Eram azuis, as cadeiras vazias da varanda do bar. Tinham um pouco de cinza. Sim, são muito bobos. E os poetas, que escrevem sobre o amor, não sabem vive-lo. Pensou que na vida dos poetas não há espaço para experienciar o amor. E ela escreve todos os dias, com o seu corpo.
Ficou feliz que haviam tantos faróis. Amarelos. Porque dos azuis já estava arta. Pensou se seguiria sentindo frio nos seus pés ou na bicicleta. Não queria ir para casa, não queria se arriscar. Não queria nada que estivesse longe do seu controle. Também não queria mais os poetas. Nem o azul ,nem o cinza. Não sabia mais o quê queria em meio à tanto desejo que vagava por sua alma. Mas sentia saudades, de uma lembrança do passado, do momento presente.